dezembro 23, 2011

paisagens no centro de arte moderna da gulbenkian

numa rápida passagem pelo CAM, senti-me como quem regressa a casa de família, 
tanto pelas pessoas como  pelos espaços. de algumas das exposições, 
fiquei contente com a presença promissora de artistas portugueses da minha geração:

Adelina Lopes [1970 - , Braga] / Paisagens: desconstrução dos objectos/ideias, criando concretizações desses mesmos objectos/conceitos  à luz de novas perspectivas. trabalho limpo, minimalista. será que há uma influência assumida de Alvess? há certamente afinidades entre ambos.
(Imagem cheia, fotografia, 2008)

Nuno Cera [1972 - , Lisboa] / Paisagens:
simetrias na paisagem, pequeno ingrediente para alimentar a curiosidade e fazer partir para a descoberta de outros trabalhos não menos imponentes também enquadráveis no tema. retratos do mundo dos nossos dias, com alguma crueza, mas sem sensacionalismos baratos.
(B-sides #11:Túnel, fotografia)

Rui Calçada Bastos [1971 -  , Berlin e Lisboa] / Colecção Permanente CAM:
vários ingredientes que cativam o observador de imediato. o toque retro da imagem preto e branco granulado. o acto camuflado do objecto-captador de imagem. o olhar indiscreto através do espelho-mala. reflexos que se misturam. inconsistência inicial da sobreposição de imagens aparentemente desconexas. os vultos anónimos que se deslocam no plano imagem. muito bom! Depois, uma pagina web cheia de coisas (fotos, vídeos, instalações, textos... ) para descobrir com tempo.
(The Mirror suitcase man, vídeo)

dezembro 03, 2011

lábios sobre a página [josé luis peixoto]

este livro. passa um dedo pela página, sente o papel
como se sentisse a pele do meu corpo, o meu rosto.

este livro tem palavras, esquece as palavras por
momentos. o que temos para dizer não pode ser dito.

sente o peso deste livro. o peso da minha mão sobre
a tua. damos as mãos quando seguras este livro.

não me perguntes quem sou. não me perguntes nada.
eu não sei responder a todas as perguntas do mundo.

pousa os lábios sobre a página. pousa os lábios sobre
o papel. devagar, muito devagar. vamos beijar-nos.

[José Luís Peixoto A Casa, a Escuridão, Temas e Debates, 2002]

novembro 29, 2011

Elegia [Rainer Maria Rilke]

...

Quem é que assim nos virou, de tal forma
que, em tudo o que façamos, estamos sempre na atitude
de alguém que parte? Como esse que parte,
no alto da última colina que mais uma vez
lhe mostra todo o seu vale, se volta, pára, se demora -,
assim vivemos nós, sempre a despedir-nos.

[final da oitava elegia (de Duíno), Rainer Maria Rilke] 
[ Ed. O Oiro do Dia, Porto, 1983, trad. Paulo Quintela]



[outra tradução]
...

Quem assim nos pôs ao invés, de tal maneira
que, o que quer que façamos, sempre estamos
na atitude de alguém que parte? E tal como esse alguém
pára na última colina, que  uma vez mais lhe põe diante
o seu vale, e olha em volta e se detém ---,
assim vivemos nós, em despedida sempre.

[final da oitava elegia (de Duíno), Rainer Maria Rilke]
[Assírio & Alvim, trad. M.Teresa Dias Furtado]

novembro 20, 2011

marlene on the wall [suzanne vega]


[Suzanne Vega, 1985]


novembro 09, 2011

o Credo final [Maria Teresa Horta]

(...)
   Renata encostou o rosto ao peito do marido a tentar escutar-lhe o coração que nem sabia se alguma vez batera mais depressa quando se abraçavam.
   Ficou debruçada muito tempo a olhá-lo, o risco sanguíneo já seco, na pele da cara, a formar uma espécie de cicatriz ou queimadura por onde passou depressa as unhas.
   A tentar pensar com calma.
   A imaginar como seria depois; depois da morte dele.
   Já não era preciso dizer a si própria que o amava: amava-o; garantir a si própria que o amava: amava-o.
(...)
[Antologia de Contos, Com a mão firme e doce
Maria Teresa Horta, Dom Quixote, 2009]

chamemos-lhe Credo 2, em 3 [Novas Cartas Portuguesas, 3 Marias]

De como pode a morte ser mais fácil do que o amor.
Ou lamento de Mónica e Maria


"Deixa-me que fuja"
(...)
    Como o sol queima na boca.
    Sufoco, bem vês, sufoco. Esta espécie de sono que me mata, me imobiliza aqui deitada a teu lado, estas paredes por onde passo as mãos até as ferir na cal quebradiça, mordida pelos séculos e os ratos que nela construíram os seus ninhos.
    As tuas costas. As tuas costas meidas de lisura: Tal como o mar corta a pele na fuga. E saber eu seres só tu a me poder ajudar. Repara: tens a chave. A chave que todos os dias rodas com um ruído seco na fechadura oleada, e então a porta desliza nos gonzos, silenciosa...
(...)
    Tua não, presa me tens e por tua me tomas em engano da verdade, bem o tentas e bem o sentes e prisioneira sou da tua liberdade.
   Que tempo me restará ainda?
   Apenas tu o pressentes, mas impassível esqueces e adormeces deitado a meu lado, em hábito tranquilo, meus cabelos afagando com cuidado.
(...)
   Meu amor: e eis que fujo, me apodero de mim. A arma apontada ao teu peito nem sequer parece ameaçadora, mas apenas fria, indiferente, vigilante.


   Meu amor:


   Poder-me-ás algum dia perdoar esta morte?
(...)
15/5/71

[Novas Cartas Portuguesas, Edições D. Quixote, 2010]

novembro 08, 2011

Credo [Enzo Cormann]

[monólogo que surfa nas ondas de Novas Cartas Portuguesas]
[Edições Cotovia, 1990]
(...)

       Pensava portanto nela, ontem na cozinha, e percebia enfim que a maior beleza é sempre silenciosa, e que faltaria sempre à minha vida - como sem dúvida à tua - uma parte de verdadeiro mistério. Por isso, matar-te constituía uma espécie de cerimónia através da qual, imolando-te,  obtinha para sempre silêncio e beleza. Pensava por outro lado que esse gesto permaneceria como o único acto de fé de toda a minha existência. Esta perspectiva serenou-me e comecei a acreditar plenamente na simples suposição de que tinhas cometido um crime tal que eu me devia vingar; e que essa vingança consistiria no teu assassinato. 


(...)
       Sabes, não vale a pena olhares-me dessa maneira. Aliás que poderias tu ver? Não há nada para ver aqui, a não ser um pouco de espaço inerte e frio.
      Eu própria, sabe-lo bem, não sou senão uma colecção de palavras e de ruídos. De saia que se amarrota e de cólera que se retém. De dor também; de ventre, e de cabeças esmigalhadas. 
      Sentes como tudo isso é transparente? Como tudo isso pode subitamente pôr-se a oscilar no ar como penugem? Alguma vez ouviste o mar numa concha? Nada mais do que o ruído do teu próprio ouvido e do que tu queres ouvir. 
      Eu própria não sou senão um pouco de ar cativo de um labirinto abstracto. Um pouco de ar, compreendes? Nem louca, nem só, estás a ver; mas simplesmente ---

novembro 04, 2011

rapaz ou rapariga?

bem... rapariga/menina/moça já há uma. gosta de cor de rosa e de "berlicoques" brilhantes. dizem-me que é normal para a idade, que depois estas coisas desaparecem. como se fosse necessário o excesso para dar espaço ao razoável. não sei, tenho as minhas dúvidas. sempre privilegiei o prático ao estético, sempre preferi calcorrear uma cidade inteira a ficar com o passo preso por uma saia ou um salto enfiado na calçada...descer perigosamente uma estrada inclinada em duas rodas com o alcatrão a ameaçar a ganga, a passear as duas rodas pelo passeio aprumado, de sandália com o dedo grande do pé a espreitar o paralelo...
quanto a rapaz/menino/moço não tenho qualquer experiência, a não ser um primo, aliás, quase dois primos. mas até me parece que um pikeno é capaz de encontrar mais afinidades com uma tia meio esgrouviada. tendo dito isto, não é que me possa queixar da sobrinha-mais-que-tudo. :) venha daí um rapaz, então!

outubro 12, 2011

casa de ferrugem

no alentejo, há casas de pedra isoladas, abandonadas na margem da estrada, planícies douradas quebradas por memórias imaginadas de famílias de outrora.

de facto, certamente existirão casas abandonadas por todo o portugal, mas no interior, aparentemente deserto, essa imagem de isolamento torna a nostalgia mais forte. quase que se ouvem os sons de outrora a quebrar o silêncio macilento.

à beira Douro, também há casas abandonadas. nos sítios mais inimagináveis, pelo menos para quem os contempla flutuando no rio. esta casota, exibindo a ferrugem de um anexo conquistado ao vazio, faz-me invejar a vista, a luz, o silêncio. que histórias ali se terão perdido e que histórias ainda se reiventarão?

outubro 10, 2011

sweet disposition [Temper Trap]

para momentos entre pequenas euforias e pequenas introspecções.


setembro 22, 2011

agosto 12, 2011

dia 12



Though "Do You Remember" is the first chapter released from a short film based to music from Ane’s forthcoming album "It all starts with One", it is the third chapter a the film that houses no fewer than four orchestrated songs, to be premiered in autumn 2011.

(...)

"ONE", as the film is called, is a poetic tapestry incorporating various threads interwoven on several levels, integrating and complimenting Ane’s delicately composed branches between hope, rage and grief.
A heavy period of post-production is now rolling with the other chapters before the film is fully released in the fall.
(...)


agosto 09, 2011

dia 9

19h / 39,5 ºC

temperatura ideal para libertar os aromas quentes de agosto em pleno alentejo. em especial, suspenso, o cheiro das figueiras.

a paisagem de planalto, entrecortada pelos diferentes ramais do grande lago. alguns campos, geométricos, ainda verdes, salpicados ordenadamente por oliveiras; outros, dourados pelo sol mergulhado no restolho.

um silencio cheio: as cigarras, os guizos das cabras, o pastor que dialoga autoritariamente, a meio da encosta, com as suas cabras. fica-se com a sensação que todas têm nome, até as mais jovens.

tudo calmo, à calma. pouco movimento. uma ou outra cabra que consegue pular aos ramos das oliveiras. a erva, seca, nao parece apelativa. o sol que baixa, rápido, no horizonte. perdoa-se-lhe o encandeamento. ainda que quente, parece empurrar uma brisa subtil.

agosto 03, 2011

dia 3


 

as ruas floridas de redondo... estas festas têm um nome pouco indicativo do que verdadeiramente se mostra nestas ruas. mais do que floridas, são coloridas e criativas, tendo por matéria prima o papel. só que a chuva da segunda feira não perdoou e arrasou completamente com os tectos de papel colorido. em 36h, foram recolocados e recompostos. quem não viu antes, mal dará pela diferença. ainda não vi tudo. vou vendo... a bom ritmo alentejano, enquanto fujo do caos sonoro que se instalou no centro da vila - e quanto mais tarde, pior! mas festa é festa e há quem goste, pelo que só tenho mesmo de fugir para as ruas coloridas ou para um cantinho mais quente (sinto falta dos 35ºC das 14h! está fresco, bom para vir espiolhar a vila)


agosto 02, 2011

dia 2

depois de uma longa viagem....

 chega-se finalmente a kasa. a cada regresso aumenta o domínio felino sobre os humanos. para além dos mimos, do sofrimento, da aventura, da latinha de peixe do oceano, finalmente o repouso merecido. e que se pode dizer mais? em felino, este quintal é meu! rrrennhau!


...adenda a dona da casa já dá dedo amanteigado às lambidelas de gata...

agosto 01, 2011

dia 1

o caracol é um símbolo do verão. ou porque rastejam pelos trilhos, com langor, luzidios, erva acima erva abaixo, ou porque se amontoam apetitosamente no prato de um petisco de fim de tarde.

há muitos anos, marcavam o fim da quinzena de algarve. a última tarde, antes do dia da partida, era passada numa esplanada do largo sombreiro da cidade, com coca-cola ou sumol laranja (ainda não havia nem lambretas nem ordem para beber cerveja!), palitos, oregãos a flutuar no molho cheiroso, as mãos cheirosas dessa iguaria, pãozinho tostado com manteiga, e um fim de tarde bem passado. dos quatro, havia alguém que "detestava" aquela coisa com "ar de ranhoca"... é verdade, parecem mesmo, mas não são a mesma coisa. o aspecto nunca me privou de saborear diferentes iguarias.

passados anos, é mesmo quem detestava caracóis que me leva para uma pratada deles, em dia de chuva, num restaurante escolhido a dedo, entre linda-a-velha e dafundo.

para variar, para quebrar as memórias, uma  forma original de começar as férias...

julho 22, 2011

Lucian Freud, 1922-2011

[Lucian Freud, autoretrato]

Instructions to Painters & Poets
 
I asked a hundred painters and a hundred poets
how to paint sunlight
on the face of life
Their answers were ambiguous and ingenuous
as if they were all guarding trade secrets
Whereas it seems to me
all you have to do
is conceive of the whole world
and all humanity
as a kind of art work
a site-specific art work
an art project of the god of light
the whole earth and all that's in it
to be painted with light

And the first thing you have to do
is paint out postmodern painting
And the next thing is to paint yourself
in your true colors
in primary colors
as you seem them
(without whitewash)
paint yourself as you see yourself
without make-up
without masks
Then paint your favorite people and animals
with your brush loaded with light
And be sure you get the perspective right
and don't fake it
because one false line leads to another

(...)

And don't forget to paint
all those who lived their lives
as bearers of light
Paint their eyes
and the eyes of every animal
and the eyes of beautiful women
known best for the perfection of their breasts
and the eyes of men and women
known only for the light of their minds
Paint the light of their eyes
the light of sunlit laughter
the song of eyes
the song of birds in flight
 
(...)

And when you've finished your painting
stand back astonished
stand back and observe
the life on earth that you've created
the lighted life on earth
that you've created
a new brave world
 
[Lawrence Ferlinghetti, How to Paint Sunlight, New Directions 2001]

[Lucian Freud, s/ título, 1990]

junho 24, 2011

maio 28, 2011

Gardenia [Les Ballet C de la B]

ontem deambulava pela cidade quando passei pela porta de um cabaret, o Gardenia. porta entreaberta, ouviam-se as notas langorosas, mas calorosas, de uma orquestra que se despede. fiquei ali a espreitar.
uma figura alta, esbelta - soube depois que era a Madama - cantava com a sua voz muito grave, sentida.

somewhere over the rainbow skies are blue 
and the dreams that you dare to dream really do come true.
...
somewhere over the rainbow bluebirds fly
birds fly over the rainbow, why then, oh why can't I?

parece que ontem foi o último dia do Gardenia. fechou.
com Madama, a sua família Gardenia, reunida em torno do palco que acolheu as suas vidas e fantasias. espreitei essa despedida.  o palco foi de tod@s, e brilharam, deslumbrantes.  estavam muitos olhos presos àquele palco, enfeitiçados. e perante eles desfilou a metamorfose explosiva de quem é empurrado a viver o seu sonho e o seu ser em cima de um palco: sob os holofotes, o deslumbramento, a alegria, com pequenos apontamentos a chamar a tristeza e a solidão, outros a gargalhada.

quando o desespero e a solidão se instalam no centro do palco, Madama esclarece que vivemos para coleccionar os raros momentos de felicidade e concretização, aqueles que ainda que não se repitam, dão  a energia necessária para aguentar a rotina e os dissabores das nossas vidas.  

o final foi apoteótico.

[@Luc Monsaert]

maio 26, 2011

telurismo

no  verão de 2008 passei por Monsanto da Beira. terra encantadora. já vi escrito em vários locais que é a "terra" mais portuguesa de Portugal. não concordo, mas tem, sem dúvida, os seus encantos. impossível ser indiferente à coexistência dos penedos e dos homens que os procuraram habitar, construindo casas em seu redor, erguendo um povoado aos pés de um castelo esvaziado de onde a vista pode alcançar o descer do sol através da serra da gardunha, ou do moradal. e se agora é pitoresca e turística, o realizador Manuel Guimarães propõe um olhar bem mais assustador, ainda que encantador, no seu "Crime da Aldeia Velha", adaptação da obra de Bernardo Santareno, supostamente escrita a partir de um caso real ocorrido em Marco de Canaveses... Manuel Guimarães não poderia ter escolhido melhor local de filmagens.  ao que consta, a maioria do elenco era constituído, à data, por habitantes de Monsanto. a fotografia é fantástica.

uma pequena amostra
[O crime da aldeia velha, de Manuel Guimarães,1964]

março 12, 2011

Rosas Danst Rosas [Anne Teresa de Keersmaeker]

criação minimalista,   sublime, datada de 1983. emoções e movimento.
visitou o CCVF recentemente, no GUIdance.
fica aqui registado em versão bem mais intimista:



[unpazzogiudizio@youtube, portal a manter debaixo de olho...]

março 11, 2011

Be Your Self [Australian Dance Theatre]

Australian Dance Theatre, no GUIdance/Centro Cultural Vila Flor.

Foi mais ou menos (melhor!) assim:

fevereiro 27, 2011

cadê as nossas cidinhas?

(chega-me tarde, mas vale a pena ver como o silêncio se instala aqui...)


fevereiro 24, 2011

noticias de ka para a

voltaram os tons cobre aos fins de tarde da invicta. os "gaivotos", há meses, pequenas manchas cinzentas escondidas na gravilha da cobertura do edifício, esvoaçam agora em espiral entre os prédios, com mestria, com confiança. preparam-se para o verão.

notícias, dispensam-se, não mudam de dia para dia, só se agravam. a azáfama, é a mesma de sempre.

há gatas à solta por aqui. vão perder o anonimato em breve.

fevereiro 07, 2011

Motofonia [Fernando Mota]


[@Motofonia.wordpress.com]


Motofonia, foi uma fantástica descoberta numa noite fria e húmida de Fevereiro, na Póvoa de Varzim.
Motofonia é uma excelente desculpa para levar os miúdos, os sobrinhos, os graúdos, os nossos próprios sentidos, ao mundo das mãos com arte e engenho, guiados pela perspectiva de um criador de sons e ambientes emoto-visuo-auditivos, com muita acção musical e movimento. mais, Motofonia é uma demonstração do poder criativo do seu autor, e espicaça os presentes a tomar de assalto a tabla rasa em palco ou então a produzir fantásticos sons: é de chegar a casa, assaltar a cozinha e a garagem e a arrecadação, e dar novos usos aos objectos do quotidiano.
Motofonia é obra criativa de Fernando Mota, "compositor, multi-instrumentista, artista sonoro e aprendiz de inventor de instrumentos musicais experimentais".
Motofonia anda a correr o país, e se passar por perto de vós, nada de desperdiçar a oportunidade de apanhar a boleia dos sons. com ou sem miúdos! com miúdos, há também a partilha do "aaahhhhhhhhhh!" de espanto e descoberta, assim como da gargalhada desprendida.

próximas datas: 
27 Fev: Sesimbra – Cine-Teatro João Mota
12 Mar: Alcobaça – Cine-Teatro
19 Mar: Sobral de Monte Agraço – Cine-Teatro
29 Mai: Leiria – Teatro Miguel Franco

Tabla Rasa [Fernando Mota]



amostras sonoras da Tabla Rasa de Fernando Mota nas várias faixas - sugiro a 6 e a 7!
(entre outros instrumentos...)

janeiro 17, 2011

Às Artes, Cidadãos! [Serralves, até Março 2011]

na  foto, uma palavra em mural, escrita a cabelos colados [António de Sousa, Sem título, 2010], criando um belo efeito felpudo, gigante na sala central da exposição de Serralves. nas outras fotos, o famoso cão Loukanikos, com direito a facebook youtube blogs páginas web e outros afins, lembrando que tanto pode o gervásio reciclar, como um cão impor a sua presença e solidariedade, senão mesmo a voz de comando, nas fileiras da frente dos movimentos activistas actuais. no fundo, não é o cão o melhor amigo do homem?...