agosto 16, 2010

the treat of the day


foi durante uma destas tardes... os dias têm estado quentes, mas também muito húmidos para azar do transeunte (a rondar os 72% de humidade).
o sol convida.
o ar saturado desencoraja.

deixei o buggy azul no parque e refugiei-me no ar condicionado do CoffeeCafe, balde de café para despertar, e uma lime pie para "refrescar". sentada no cantinho da coffee shop, numa mesa e cadeira de pés altos, à janela. lá dentro, a lareira suspensa rodeada de sofás de couro unipessoais, aleatoriamente ocupados por gente relaxada em torno dos seus cafés com livros ou computadores... e logo ao lado, no espaço ainda central da sala, uma parede de vidro a dar suporte a uma cascata de água que se estende do tecto ao chão. relaxante, e o som da água suficientemente refrescante. algumas mesas normais, quadradas, 3 - 4 cadeiras, onde decorriam reuniões de trabalho informais, encontros de amigos, gente a trabalhar nos seus computadores completamente equipados de auscultadores e microfones, estudantes em torno de pastas. mesmo ao meu lado, uma porta comunicante para uma livraria de usados, onde quebrei a promessa de não comprar livros nesta viagem. foi uma boa escapadela aos gatos, ao lago, e à lazeirisse das manhãs e tardes de relax total

agosto 15, 2010

... e sobre os pré-rafaelitas

[The Royalist, de John Everett Millais]

...a partir da wikipedia:


... grupo fundado em Inglaterra em 1848 por Dante Gabriel Rosseti, William Holman Hunt e John Everett Millais e dedicado principalmente à pintura que surge como reacção à arte académica inglesa que seguia os moldes dos artistas clássicos do Renascimento. Inseridos no espírito revivalista romântico da época, os pré-rafaelitas tinham como objectivo devolver à arte a sua pureza e honestidade que consideravam existir na arte medieval do Gótico final e Renascimento inicial. Auto-denominaram-se como pré-rafaelitas, realçando o facto de se inspirarem na arte anterior a Rafael, artista que tanto influenciava a academia inglesa.

(...) o grupo não se revelou homogéneo nas suas produções: Millais e  Holman Hunt dedicaram-se aos temas e problemas da sociedade, cada vez mais materialista, através de representações realistas, enquanto Rossetti e  Edward Burne-Jones dedicaram-se a temas medievais inspirados em Dante, em lendas, cenas religiosas.

Quanto a Adoecer, é Ophelia, pintada por John Everett Millais, e a modelo que a impersonou, que estão na base da obra da escritora Hélia Correia.

John Everett Millais, Ophelia, pormenor, 1851-1852, Londres.

complementos à leitura de Adoecer

One face looks out from all his canvasses,
One selfsame figure sits or walks or leans;
We found her hidden just behind those screens,
That mirror gave back all her loveliness.
A queen in opal or in ruby dress,
A nameless girl in freshest summer greens,
A saint, an angel; -- every canvass means
The same one meaning, neither more nor less.
He feeds upon her face by day and night,
And she with true kind eyes looks back on him
Fair as the moon and joyfull as the light;
Not wan with waiting, not with sorrow dim;
Not as she is, but was when hope shone bright;
Not as she is, but as she fills his dream.

[Christina Georgina Rosseti [1830-1894]]

à procura de Patriarche Park...

... encontro uma obra de criatividade urbanística:

ainda pensei que era distorção do satélite, mas só até começar a ler o nome das ruas.

agosto 12, 2010

Zaha Hadid em East Lansing, MI, USA

os projectos de Zaha Hadid são simplesmente fantásticos. a página oficial apresenta imensas informações sobre os projectos arquitectónicos idealizados pela sua equipa. muitos deles não chegarão a ver a luz do dia, mas indiciam um caminho possível para a arquitectura futurista, muito de encontro ao imaginário da ficção científica. apetece viajar para dentro das maquetas e dos filmes virtuais de Zaha Hadid. pessoalmente, prefiro os projectos de linhas mais fluidas.

Michigan State University irá marcar o seu campus com uma das criações de Hadid - ainda que não seja uma das suas criações mais espectaculares - e que irá albergar o Eli and Edythe Broad Art Museum.
o edifício será construído em aço e betão, e os exteriores serão em metal e vidro. as construções podem ser acompanhadas ao longo dos meses a partir de webcam, mas o edifício já pode ser visitado virtualmente:



boas-vindas da puki

a puki necessitou de alguns dias, uma boa escovagem e alguma preguiça matinal para me dar as devidas boas vindas ronronadas... estava eu nas minhas leituras quando ela chegou, enroscou-se no meu colo, ronronando, espreguiçando, ora virando-se para um lado, ora virando-se para o outro, "cardando" entre posições. um mimo.

vejam-se as diferenças entre 2007 (esquerda) e 2010 (direita):




agosto 09, 2010

regresso aos livros

(...)
Os Siddal não seriam gente para tal espectáculo. Responderiam com puxões de orelhas às perguntas dos filhos. No entanto, tinham eles próprios a compreensão de que a severidade não bastava para salvar as crianças. Existia uma espécie de impulso para as trevas que era fornecimento do diabo mas contra o qual a fé cristã nada podia. Lizzie, que andava muito de olhos baixos, parecia estar especialmente em perigo.
(...)
[in Adoecer, de Hélia Correia]

agosto 08, 2010

cat styling

o (bo)neco era, em 2007, um gato peludo, mimoso, recatado e tímido. foi recentemente à tosquia. vejam-se as diferenças:



mas não foi uma tosquia cega à personalidade do gato! o styling permitiu manter a sua personalidade de gatarrão de 5 anos, mantendo o seu espírito mimoso, e peludo.



quanto ao recatado e tímido, esqueçam! a operação de styling revelou uma nova atitude e personalidade. o neco marca a sua presença e imponência, é brincalhão, é mimalhão, preguiça qb. mas é um gato libertado!

agosto 07, 2010

sugestão para a CP

in consideration of all passengers please limit your cell phone usage to one minute ... or less!
(Michigan Flyer, numa viagem de cerca de duas horas)

nota: não houve um único telefone a tocar ou vozes a tentarem introduzir-se nos minúsculos microfones dos referidos aparelhitos.

agosto 05, 2010

a tecla "G"


uso este teclado praticamente há um ano. não utilizo muito a retro-iluminação. mas com a mosquitada e o calor, é sem dúvida uma ferramenta útil para escrita tardia.

claramente, a tecla G parece ser preterida na azáfgama da escrita - agora imiscuiu-se aqui o g no meio da azáfama - não o apago. a bem escrever, neste texto apenas necessitaria de uma única utilização desta letra. quantas entradas existirão no nosso dicionário com a letra inicial G? qual a fracção da sua utilização?

G
de gaiola, gaveta, graxa, gume, gomo, gargalhada (tem 2!), gengibre (também!), gin, gola-de-tartaruga.....

o esvaziar do copo


gosto particularmente do mergulhador. foi colorido em pleno alentejo, com temperaturas a rondar os trinta e tal graus à sombra do fim de tarde quente e sem qualquer aragem, com aguarelas, ceras e lápis de cor. os outros são obra minha e da inês. notem-se os traços intensos da pintura da inês, que ainda assim respeitou a delimitação das linhas. eu não arrisco muito, apenas nos matizes de cores sobre cores.

que interessa: momentos de paz e satisfação. seria de mais dizer que é um regresso à escola ou à infância, mas é muuuuuuuuuuuuuuito terapêutico. isso posso garantir.

agosto 04, 2010

agosto 03, 2010

dream catcher

mesmo à porta de férias, chega-me em mãos este lindo espanta espíritos do Canadá. e vem bem a propósito. uma pequena benção e energia positiva para um período de descanço e necessário abrandamento.

diz-se que alteram os sonhos: que os sonhos maus, pesadelos, ficam cativos na rede, e que se dissolvem com a luz do dia, enquanto que os bons sonhos atravessam a rede, deslizando pelas penas até à dorminhoca...

vou ter de o mudar de sítio para aproveitar a boleia descendente. ainda assim, faz-me sorrir.