__home_hope__home_ _I am lost__memories___I feel _ the _ rain in __my hands!__home__+*#&&zzz?!!?k___
uns chegam de mala de viagem tombando o ombro ao chão, outros dormem em cadeiras desconfortavelmente, outros simplesmente esperam. há um quadro electrónico vazio. há a tensão da iminência - falhada - da dança de letras anunciando o próximo destino, a próxima viagem, a próxima chegada. ou então...
estranhos, dispersos numa espaço de espera. pessoas que se cruzam, estudam, abordam, que se tocam. porque todos nos tocamos, a tons que se matizam entre a ternura e a dor. a ansiedade é alimentada pelo anúncio constantemente frustrado da partida. a comunicação difícil, pela multiplicidade de línguas. viajantes, entre mundos distintos.
We are all travelers. We are all voyagers. Born into this world, embodied, we can only move forwards. But we are also all carriers. We are all bahok. daqui
“For nomads, home is not an address,
home is what they carry with them.”
[John Berger, Hold everything dear. p. 129] daqui
« Home is where one starts from »
[T.S. Eliot, The Four Quartets.] daqui
a partir (ou próxima) destas palavras começa a 1h30 viciante aditiva alucinada da dança de letras sentimentos do corpo da alma memórias casa sonho desespero, assim mesmo, sem vírgulas e fôlego próprio porque embarcamos nessa viagem fantástica coreografada por Akram Khan e vivenciada de forma tão bela e intensa pelos performers do Ballet Nacional da China, e pelos sons de Nitin Sawhney. múltiplas formas de expressão corporal. sincronismo, marcialidade, energia, imagens reflexo, rapidez, plasticidade, multiculturalidade muito para além dos 4 elementos ar terra água e fogo. muita energia. repito: MUITA ENERGIA!
não há registo media que dê o que este espectáculo tem para dar.
depois da passagem fulminante por Guimarães, vai estar em Lisboa, no Alkantara Festival, dias 30 e 31 de Maio... não perder!
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