Karen Armstrong é uma autoridade internacional em estudos comparativos sobre religiões. ganhou um TED prize, em 2008. [TED - ideas worth spreading]. é uma mulher de pesquisa profunda. vai à raiz dos temas. conhece bem o contexto religioso no conflito israelo-palestiniano. a sua motivação é de abrangência global.
deixo aqui o vídeo e um pequeno excerto escrito da palestra proferida no TED. um desejo para 2009? que o maior número de pessoas possa ouvir esta palestra até ao fim, e que pense um pouco sobre ela.
é latente e pertinente a abertura à sua mensagem.
deixo aqui o vídeo e um pequeno excerto escrito da palestra proferida no TED. um desejo para 2009? que o maior número de pessoas possa ouvir esta palestra até ao fim, e que pense um pouco sobre ela.
citação de Karen Armstrong para os significados primitivos de algumas palavras:
Believe – to love, to prize, to hold dear
Credo – I commit myself
Credo – I commit myself
O excerto:
Religion, is about behaving differently (…)
Compassion, the ability to feel with the other.
Compassion (…) is not only the test of religiosity. It is also what will bring us to the presence of what Christians and Muslims call God, or the Divine. It is Compassion, says Buda, that brings you to Nirvana. (…) And in particular, every single one of the major world traditions has highlighted, has put at the core of their tradition, what’s become known as The Golden Rule: first propound by Confucius five centuries before Christ, do not do to others what you would not like them to do to you.
(…)
There is also a great deal of religious illiteracy. All around people now acquaint religious faith with believing things. We call religious people often believers as though that is the main thing that they do. And very often secondary goals get pushed into the first place in place of Compassion and The Golden Rule, because The Golden Rule is difficult!
– sometimes when I’m speaking to congregations about the Compassion, sometimes I see a mutinous expression crossing some of their faces because a lot of religious people prefer to be right rather than compassionate.
I whish that you would help with the creation, launch and propagation of a Charter for Compassion, crafted by a group of inspirational thinkers from the three Abrahamic traditions of Judaism, Christianity and Islam, and based on the fundamental principle of The Golden Rule.
We need to create a movement among all these people I meet im my travels, you probably you meet them too, who want to join up in someway and reclaim their faith, which they feel, as I say, as being hijacked.
We need to empower people to remember the Compassion ethos (…).
Compassion, the ability to feel with the other.
Compassion (…) is not only the test of religiosity. It is also what will bring us to the presence of what Christians and Muslims call God, or the Divine. It is Compassion, says Buda, that brings you to Nirvana. (…) And in particular, every single one of the major world traditions has highlighted, has put at the core of their tradition, what’s become known as The Golden Rule: first propound by Confucius five centuries before Christ, do not do to others what you would not like them to do to you.
(…)
There is also a great deal of religious illiteracy. All around people now acquaint religious faith with believing things. We call religious people often believers as though that is the main thing that they do. And very often secondary goals get pushed into the first place in place of Compassion and The Golden Rule, because The Golden Rule is difficult!
– sometimes when I’m speaking to congregations about the Compassion, sometimes I see a mutinous expression crossing some of their faces because a lot of religious people prefer to be right rather than compassionate.
I whish that you would help with the creation, launch and propagation of a Charter for Compassion, crafted by a group of inspirational thinkers from the three Abrahamic traditions of Judaism, Christianity and Islam, and based on the fundamental principle of The Golden Rule.
We need to create a movement among all these people I meet im my travels, you probably you meet them too, who want to join up in someway and reclaim their faith, which they feel, as I say, as being hijacked.
We need to empower people to remember the Compassion ethos (…).
[página para o Alliance of Civilizations, patrocinado pelas Nações Unidas: http://www.unaoc.org/]
6 comentários:
No livro "A History of God", que ontem me passou fugazmente pela mão, a Karen Armstrong abre com uma frase que me parece fundamental. Ela diz (e tu podes citar melhor que eu) que quando era nova tinha muitas crenças religiosas, mas muito pouca fé em Deus.
Esta distinção parece-me fundamental, porque é em nome das 'boas práticas' religiosas, que as pessoas falam em fé.
Parece-me que a fé é algo demasiado íntimo para ser enquadrado em práticas públicas. E desconfio que as práticas religiosas não são mais de que formas de impor o nosso estilo, o nosso modo de fazer as coisas, ou seja, de ter razão. E desconfio dos homens religiosos (mais do que nas religiões) porque, como diz a Agustina, demasiada virtude é soberba.
Religião suficiente é essa de "Não fazer ao outro o que não queres que te façam a ti". É tão difícil e por vezes tão distante das nossas capacidades humanas que, de facto, quando o conseguimos nos tornamos divinos.
excelente post, a lembrar-nos que não é preciso procurar muito o que outros nos dizem tão claramente.
karin,
nao vale a pena citar, porque a frase é mesmo essa.
não vejo problema com a prática religiosa quando ela parte de uma vontade interior, decorra ela nas esferas pública ou privada. o ponto fulcral está na motivação para a prática. nos extremos, a motivação pode ser essa que leva à divindade - tal como Karen Armstrong a define - mas também pode ser deturpada, ou pelo impulso de controlo do Outro, da sociedade, ou pelo desejo de Poder.
Quero apenas lembrar o perigo dos estereótipos, porque também existem homens religiosos que têm Abertura, Humildade e Humanidade, tal como a própria Karen! eu tive a sorte de me cruzar com dois desses "discretos", por vezes incómodos, homens religiosos.
menina tangas,
obrigada!
diga lá alguma coisa sobre os discretos/incómodos homens religiosos, manina ka :)
menina tangas,
deixo dois nomes "lisboetas":
- Pe João Resina Rodrigues (recomendo a leitura das suas homilias, compiladas em dois livros "A Palavra no Tempo")
- Irmão Mário (receio que já falecido). Franciscano, celebrava numa igrejinha ao Caldas, na R. Chão do Loureiro. e como "celebrava"...
haverá certamente muitos mais. estes cruzaram-se no meu caminho.
Ka, tens razão quando dizes que também há homens religiosos que são humildes e humanos e tu tiveste a sorte de conhecer alguns. É um perigo generalizar, mas como a religião é mais rapidamente desculpa para a soberba do que para todas as virtudes que enumeras, não posso evitar sentir que as boas pessoas religiosas são boas apesar de religiosas.
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