janeiro 19, 2010
janeiro 16, 2010
for cat lovers [pedro serrazina]
de Pedro Serrazina com música de Manuel Tentúgal e a voz de Joaquim d'Almeida, o enternecedor
Estória do Gato e da Lua
Miolo:
de mãos com alma,
imagens,
sons
0
comments
cratera em palco... [teatro bruto / valter hugo mãe]
ainda não desisti de valter hugo mãe, apesar da experiência desta noite.
(em voz off: who cares!?!?)
nome da peça: cratera, as crianças com segredos
autor: valter hugo mãe
encenação: Ana Luena
intérpretes: Carlos António, Pedro Mendonça e Sílvia Silva
produção: Teatro Bruto
local: Fundação Escultor José Rodrigues/Fábrica Social, Porto
até: 23 de Janeiro 2010.
não há muito a dizer. dos cerca de 55 minutos gostei da música original de Sérgio Martins e Rui Lima. o resto, trabalho difícil dos actores a partir da adaptação (ou) de um texto de Valter Hugo Mãe pouco sustentado, muito aquém da sinopse apresentada pelo autor, com meia dúzia de lugares comuns, pouco ritmo, limitado nas ideias. expectativas completamente defraudadas. ainda não desisti de encontrar VHM, mas não será por aqui...
sinopse de valter hugo mãe:
A mulher, como belo sexo, suporta também a condenação de o ser, suscitando os mais extremos desejos do homem, por vezes ao limite das coisas, ao limite da morte. O mundo persiste falocrático e a mulher prossegue como adorada e menosprezada ao mesmo tempo.
cratera, as crianças com segredos, propõe uma maneira mais difícil de ver uma mulher. Propõe que ela seja vista através de um homem, um actor que, nada disfarçando-se, é beatriz, a irmã de um estranho miguel que, na ausência dos pais, toma as rédeas da família que resta. miguel diz à irmã que os homens sempre olham para as mulheres como se estas estivessem nuas, e beatriz pensa que melhor seria se fosse também um homem para poder sair livremente à rua, sem perigo. Mas o perigo, aqui, vem de quem se espera cuidado, vem dessa louca e complexa componente do amor, a posse, que, degenerando, facilmente chega ao grotesco e ao desumano.
Esta mulher, que somos obrigados a ver através do corpo de um homem e, por isso, nos custa despir, é uma manifestação simples do desespero de se ser aprisionado por um desejo desequilibrado. É uma mulher no mundo de um homem, como se a existência, em si mesma, fosse domínio dos homens e a eles apenas devesse prestar contas.
Esta mulher, que somos obrigados a ver através do corpo de um homem e, por isso, nos custa despir, é uma manifestação simples do desespero de se ser aprisionado por um desejo desequilibrado. É uma mulher no mundo de um homem, como se a existência, em si mesma, fosse domínio dos homens e a eles apenas devesse prestar contas.
Miolo:
teatro e dança
1 comments
janeiro 03, 2010
Fernando Lemos: fotografia
a propósito da exposição patente em Famalicão até dia 26 de Fevereiro na Fundação Cupertino de Miranda, deixo dois "rebuçados" para quem ainda não teve tempo de lá dar um "salto": a mostra revisita a obra fotográfica de Fernando Lemos, desenvolvida entre os anos 49-52. a obra transcende a fotografia, e surge naturalmente como mais um capítulo do surrealismo português. não se trata de mero Photoshop analógico de técnicas de exposições múltiplas, mas de estratégias para ...
... rasgar o ofício de ver [*]
terá Fernando Lemos deixado a câmara de lado após esta surpreendente obra?
Fernando Lemos, por ele mesmo:
[*] atribuído a Herberto Helder, no catálogo Fernando Lemos e o Surrealismo
Miolo:
de mãos com alma,
imagens
0
comments
Subscrever:
Mensagens (Atom)