[ka@outono 2012]
tenho de começar por declarar que sou uma consumidora diária de nozes. duas nozes ao pequeno almoço, entre flocos de trigo e arroz, com iogurte natural, sem qualquer adição de açucar, uma chávena de bom chá preto... é assim que começam a maioria dos meus dias. é um ritual já com anos. varia nos acompanhamentos de fruta (banana, diospiro, tiras finas de maçã, ou sumo fresco...). é uma rotina e repetição de que não consigo abdicar e que não consigo esgotar.
o último ano foi frustante em termos de nozes. foi o ano em que decidi não voltar a comprar nozes estrangeiras, cansada e frustrada por pagar a peso de ouro o refugo rançoso da produção de nozes internacional (normalmente nozes francesas ou californianas). e de noz portuguesa, nada! as grandes superfícies descuram a produção nacional. e eu provavelmente atrasei-me na visita ao comércio tradicional.
até que no início deste outono decidi-me a ir atrás da noz portuguesa por caminhos cibernéticos. cheguei a bom porto ao descobrir uma entrevista realizada por um periódico regional ao Sr. João Machado Teté, produtor de nozes em terrenos alentejanos (Monte da Raposinha, Beja). já com bons anos de experiência, o sr. Teté gosta de partilhar o seu conhecimento e entusiasmo sobre produção de noz. tem, para tal, um blog de nome Nozes e Nogueiras onde podem encontrar-se informações relevantes para produtores e consumidores de nozes produzidas em terreno português. muito prestável e fácil de contactar, deu-me ainda mais preciosas dicas de como encontrar bons lugares/produtores para satisfazer os meus apetites individuais.
o meu agradecimento ao Sr. João Teté fica aqui bem assinalado, assim como a partilha da localização de toda esta informação, para todos os amantes de nozes que por aqui andam.
ps: novembro é um excelente mês para descobrir noz "fresca" nas bancas das mercearias e pequenas superfícies. não lixiviadas podem armazernar-se durante meses!