aeroporto de Minneapolis, entre vôos, como um autêntico pai natal: mochila de trabalho às costas (laptop, papéis, livros, casacos, cadernos... kilos...), a tira-colo a bolsa pessoal (carteira, passaporte, máquina fotográfica, livros, bloco de notas, bolsa de lápis, coisas e coisinhas...), e entre braços um mega dossier, enfiado num saco, que insisto em levar para uma certa biblioteca do Porto. 10mins para restabelecer energias. do balcão à mesa, uso o saco-dossier como tabuleiro, onde transporto uma garrafa de um magnífico sumo, deitada, e uma simpática salada com sandwich quente. centro de massa do meu corpo completamente alterado, a noção da horizontalidade do tabuleiro é severamente afectada. o sumo escorrega. não tenho como evitar a queda da garrafa de plástico.
a garrafa cai. evito o impacto fatal com o chão, por um movimento bem colocado e cego de pé.
isto tudo para explicar que há uma costela de simpatia inata em boa parte dos americanos. uns bons minutos depois, ao sair, o tipo sentado na mesa do lado não resistiu ao comentário de todo o movimento com um rasgado sorriso: nice save on the juice!